Desembarquei no aeroporto de Guarulhos só com uma mochila. Estou me superando cada vez mais na praticidade, pois estava vindo passar um fim de semana dum feriado prolongado somente. Desci até o ponto de ônibus, e depois até o metrô. Esse trajeto não era uma novidade. Morei a minha vida inteira em São Paulo e decidi mudar de ares depois que acabou a faculdade. Deixei pra trás tudo, e fui atrás de uma grande aventura. Que ao seu modo tem dado certo.
Depois do metrô eu peguei um ônibus rumando a Zona Sul. Desta vez estava indo visitar um amigo. Aliás, um grande amigo. Carlos era casado já havia bem uns seis anos. E eu sempre disse que ele tinha sorte, porque Katia era linda, inteligente e cozinhava muito bem. O resultado foi que ele deu uma engordada nos últimos anos da faculdade. Mas ela escondia sua infidelidade. Escondeu por muito tempo, negou muito enquanto amigos e parentes começaram a dizer que a viam com outros, que entrava em motéis com desconhecidos e outras coisas mais. Pobre Carlos! Esperou ver com seus próprios olhos, e em sua própria casa, para manda-la embora. Seu primo me ligou desesperado, porque Carlos estava realmente abatido. E aqui estava eu indo para a casa daquele que por anos foi um desejo reprimido, um sonho de consumo, um grande companheiro de hora boas e ruins. Ele sabia de mim. Fiz questão de contar muito antes de ir viver minha aventura. Surpreendentemente ele não desdenhou, nem maltratou. Apenas respeitou minha escolha e meu jeito de ser sem questionamento.
Cheguei ao prédio onde mora o meu grande amigo, e Ricardo, o primo, me deu a chave pedindo pra subir. Agradeceu a vinda, pediu para ajudar desesperadamente, e desejou-me sorte. Subi as escadas até o terceiro andar, e encontrei o apê. Esta era a primeira vez que eu visitava a nova casa dele. Abri a porta devagar, e me deparei com uma sala imunda. Muitas bitucas de cigarro nos cinzeiros e no chão. Muitas caixas de comida velha, garrafas de bebidas vazias estavam espalhadas. A porta do quarto era logo de frente, e estava aberta. Carlos estava deitado na cama, olhando para o teto. Lagrimas rolavam infinitamente pelo seu rosto. Ele estava com uma camiseta bem sujinha, e um shorts velho de dormir. Aquele mesmo que uma vez há muito tempo eu encontrei no banheiro dele e quase tive um ataque sentindo o cheiro de macho dele. Sentei ao lado dele, e pude ver o quão triste ele estava.
¬¬— Você veio — sussurrou Carlos.
— É claro que eu vim... Se é pra te ajudar, eu venho quando você precisar, infinitos números de vezes — respondi sussurrando também. Ele esboçou um sorriso fraco, enquanto mais lágrimas rolavam. — Ei Amigo... se você continuar chorando assim vai morrer desidratado — Ele sorriu novamente.
— Aquela vaca... — choramingou.
— Shh... Não precisa falar... já passou... e eu já estou sabendo da história... ei Brother, eu vim aqui pra ver se a gente consegue dar um jeito nesta tristeza... — segurei forte a mão dele, e olhei no fundo dos olhos dele — mas você vai ter que querer sair desta tristeza, senão eu não consigo te ajudar — então, ele se levantou e começou a me contar a história.
Eu fui sincero. Sempre sou. E depois que ele lavou a alma dele desabafando tudo e mais um pouco, eu pedi para que ele escutasse tudo o que iria dizer, sem interrupções. Disse a ele que entendia a tristeza dele, e com razão, mas, que por mais adorável que ela fosse, por mais amor que ele sentisse, não poderia se descabelar e desistir da vida assim. Ele lutou para que aquele casamento desse certo. Lutou contra tudo e todos, quando contavam as histórias dos chifres dele. E depois de tudo isso, não deu certo. Disse-lhe que deveria partir para outra, porque ela não merecia uma lágrima dele. Nenhum minuto do sofrimento. E que ele era um homem crescido, e saberia lidar com essa mudança. Suas lágrimas secaram um pouco, e seu rosto se iluminava aos poucos. Ele agora estava indo para uma fase de novas oportunidades, novos relacionamentos. Estava livre para voltar a comer bucetinhas sem compromisso. Percebi que ele estava mais calmo, e já estava se animando com o conselho. Eu gosto muito desse cara, e jamais deixaria ele se afundar no poço.
Carlos me abraçou forte, e me agradeceu pela ajuda. Ele realmente não estava perdendo com a separação. Levantou-se e disse que precisava dar um jeito na vida começando pela casa, por ele. Eu me ofereci para ajudar, e disse que ia dando um jeito enquanto ele tomava um banho e fazia a barba. Ele arrancou a camiseta suja ali na frente mesmo, e pude me lembrar do quanto ele era um fofo gostoso que dá vontade de apertar. Foi ao guarda-roupas e tirou uma toalha. Despiu-se do shorts de costas para mim e, para minha surpresa, sem cueca ele estava. Abaixado e com as pernas entreabertas deu para ver uma sombra do que seria a jeba dele. Pelo volume que ficava marcado nas calças, admirado muitas vezes antes, ela devia ser das grandes.
Enrolou-se na toalha e foi para o banho enquanto eu começava uma faxina monstra na casa dele. Troquei toda a roupa de cama, bani todas as embalagens de comida jogada. Ajuntei uma boa quantidade de garrafas de bebidas sofisticadas. Estava lavando uma louça imunda oriunda da pré-história talvez quando ele saiu do banheiro renovado. Estava até mais leve, talvez. Foi até o quarto de toalha pingando no chão, e colocou um short estranhamente curto, e uma camiseta. Ajudou com a limpeza do chão e me perguntou como eu estava, como tinha sido a viagem. Decidi comentar:
— Ei Carlos. Essa separação te serviu para alguma coisa útil: você andou aprendendo a beber... eu ví garrafas de Absolut, Steinhaeger, Pere Kermann’s, Stolichnaya, JohnnyWalker e outras mais... desde quando você bebe tudo isso?
— Hahaha... ‘tá vendo! Não é só você que bebe uns troços metidos... — e abaixou a cabeça — A real é que eu sequei o meu barzinho para visitas...
— Ei Amigão! Sai dessa, e volta pro presente. Olha aqui — e segurei o rosto dele e fixei em seus olhos — Vou te preparar um jantar bacana, classudo que eu aprendi a fazer. Tenho certeza que você vai gostar do negocinho diferente que eu vou fazer. Acredito que você nunca comeu...
— Será? — sorriu maliciosamente. Confesso que nessa hora bateu um frio na barriga. Ele já fez brincadeiras com duplo sentido, mas nunca diretamente ligadas a homossexualismo. No fim das contas, eu nunca soube encontrar o limite entre a piada e a sacanagem real quando conversava com Carlos.
Minha sorte é que tinha um mercado perto. Aproveitei e comprei algumas coisas que ele ia acabar precisando. Voltei pro apê, e ele tinha dado um trato na cozinha. “Ótimo... porque eu não consigo trabalhar com cozinha suja”, pensei. Fiz o jantar, arrumei os pratos em sua pequena mesa de jantar redonda na copa, deixei tudo nos trinques. Confesso que saiu um pouco mais romântico do que eu imaginava. Torci muito para que ele não viesse com piadinhas. Comprei um vinho tinto que se harmonizasse com o prato. Tudo isso fazia parte do script. Eu gosto de refinar as coisas de vez em quando e também não tenho vergonha de bater aquele prato de arroz, feijão, batata e bife que mamãe faz. Eu não nego minhas raízes, mas gosto de experimentar coisas diferentes (sempre fui assim). Comemos, e ele devia estar com muita fome, porque repetiu até acabar com o risoto.
— Cara... — e ele lambeu os dedos — ‘tava uma delicia. Caramba! Eu não fazia ideia de que você cozinhava bem.
— Nem eu — e caímos na gargalhada.
— Mas... Imagino que deva estar fazendo estragos lá em Curitola, acertei?— nunca entendi porque ele chama Curitiba assim — Deve ‘tá prendendo a bichara pelo estomago fácil, fácil.
— Bleh—mostrei a língua e o dedo do meio pra ele — mais respeito, rapaz. Em Curitiba eu tô de boa, rs.
— Cara, adorei este vinho... Bom mesmo.
— É? — sorri sarcasticamente — consegue sentir o aroma dele? Sente o cheiro... Este vinho não revela um aroma de frutas vermelhas, com um toque defumado... talvez tabaco ou café, com um toque de uva passa, hortelã, e... pelica? — fiz uma cara esnobe horrorosa, imagino. Gargalhamos horrores com a piada. — Eu não consigo sentir um décimo dos cheiros bizarros que esses narizes empinados sentem.
— Deixa eu tentar... — e fechou os olhos por um instante — Acho que tem aroma... humm... aroma de cueca suada de macho jogada no banheiro, não? — e olhou me sério, como eu nunca havia visto. Acho que eu tive um infarto, porque eu não sentia mais o meu coração bater. Fiquei perplexo com a frase saída da boca dele adicionada ao olhar. Ele sabia — Eu bem sabia, Pedro, meu amigo. Até a Katia já me avisou. Ela te viu dando umas cafungadas numa cueca minha uma vez... Eu sempre soube, e por um bom tempo eu não quis acreditar, como muitas coisas nessa vida — seu tom de voz agora não era mais o mesmo inseguro de quando que cheguei. Era muito seguro de si e cheio de malicia e sensualidade — E quer saber? Eu desejei muito por esse momento. Desejei por quatro anos.
Eu simplesmente estava embasbacado. Não sabia como agir depois de ouvir tudo isso. Carlos bebeu mais um gole da taça e pousou-a sobre a mesa. Se levantou e puxou a minha mão. Encostei a minha e deixei-me levar. Eu simplesmente não conseguia pensar racionalmente. Uma parte de mim vibrava dentro de mim, como se tocasse uma “Ode à Alegria”, e outra parte estava puramente envergonhado pela tolice de ser descoberto.
Mas Carlos estava no controle. Sua mão estava quente, seu hálito tinha o aroma do vinho, mas não estava embriagado. Ele tinha certeza do que estava fazendo. Puxou-me junto a ele, e pude pela primeira vez, em muitos anos de amizade sentir o pulsar do tesão em seu abraço. Era um calor em turbilhão que mexia com meu corpo, com meus desejos. Eu tremia feito bambu, e ele, me abraçava. Passava seus braços em volta de mim, e me acariciava. Suas mãos seguiam da nuca até a bunda, e apertava bem de levinho a minha bunda. Então beijou-me. Seus lábios estavam gelados pelo vinho, mas seu hálito era quente. Eu descreveria por horas a fim essa sensação do começo das preliminares. Aumentou a velocidade do amasso, e arrancou a minha camiseta. E a dele também. Sem pudor e nem vergonha, saiu arrancando as calças de ambos e continuou beijando minha boca, meu pescoço, minha peito. A sensação do seu membro rígido e fervendo em minha perna estava me deixando louco.
Decidi que precisava tomar uma ação. Assume as rédeas por um instante e virei-o na cama. Amassei, beijei e lambi sua boca, seu rosto e fui descendo. Eu desejava muito aquilo tudo. Seu corpo quente e cheiroso. Fui descendo e beijando a barriga, passando pelo “caminho do paraíso” e beijando em volta do pau dele. Beijava vorazmente ao redor, mas não tocava nele. Lambi a virilha e as bolas e ouvi ele gemer de prazer. Ele estava gostando da provocação. Continuei nas bolas mais um pouco e subi dando beijinhos naquela jeba enorme e cheia de veias saltantes. Fui beijando até chegar na cabeça rosada, cheia de melzinho salgado lubrificante. Suguei a cabeça até não ter mais mel e enfiei na boca, num boquete que fez com que ele delirasse.
— Aaargh, que boquinha maravilhosa! Isso... vai! Chupa esse mastro que você tanto queria, chupa! — ele mal conseguia se controlar. Enquanto estava no vai e vem com a boca, ele gemia e rebolava, movimentando o quadril pra cima e pra baixo, a sensação era maravilhosa. Chupei mais um pouco até ele puxar minha cabeça — Espera aê... não me faz gozar assim tão rápido... eu quero te curtir bastante ainda... — me virou de bruços e beijou minha nuca loucamente. Beijava, mordiscava meu pescoço enquanto esfregava aquele pau tesudo na minha bunda. Eu já não via a hora dele meter.
— Vai Carlos... mete, mete por favor... acaba com esse desespero.
— Claro... vai ser um prazer — e beijou-me as costas até a bunda, enfiando a língua bem fundo em meu rego, tocando e massageando a entrada. Salivou bastante, para lubrificar. Cuspiu um pouco no membro e encostou na entradinha. Gemi um pouco, pedi para que fosse com calma e ele obedeceu. Enfiou um pouco e parou. Um pouco mais, e esperou até que meu cú se acostumasse com aquele mastro fervendo. Beijou minha nuca, e enfiou mais um pouco. Tirou, e me pediu para virar de frente, pois queria olhar em meus olhos enquanto me possuía.
Sim... que sensação maravilhosa! Sem dor alguma, ele enfiava e tirava ao seu bel prazer. Ia e voltava, aquele vai e vem frenético estava me enlouquecendo. Suava em bicas, e metia fundo... me beijava forte, e continuava o via vem.
— Que delicia, Carlos... Ah... Vai... mete mais...
— Ah... Que delicia de cuzinho, Pedro... Ah Se eu soubesse que era delicinha assim...
— É todo seu, vai, fode, esfola Carlos... Me possui....
Viramos de posição, e fiquei de quatro rebolando e pedindo mais pica. Carlos nem esperou, e já foi metendo mais e mais. Metia fundo, e rebolava, enquanto eu acompanhava. Acelerou até que começou a gemer forte.
— Ah... Ah.... Vou gozar.... — gemeu ele.
— Vai Gostoso! Goza! Isso... Goza fundo!
Ele gritou. Eu também. Podia sentí-lo esporrar. Sua porra jorrava fundo. E eu gozava sem ter tocado no meu pau. Sim, aquele cafajeste me fizera gozar pela bunda. Quando ele tirou a vara, o alivio fora ainda maior. Caímos os dois cansados na cama. Precisávamos tomar um banho, estávamos encharcados de suor. E tinha o lençol esporrado. Fomos para debaixo do chuveiro juntos. Ele ensaboava-se, enquanto eu me lavava, e trocamos de lugar, para se enxaguar. Encostei na parede e fiquei olhando para ele.
— O que foi? — sorriu.
— Nada...—retribui
— Ah... qual é?!
— Gostou?
Ele balançou a vara meia bomba e deu uma piscadinha.
— Isso aqui está com cara de que não gostou? Eu adorei! Que delicia você... — e me beijou forte mais uma vez. Dormimos agarrados de conchinha, senti suas cafungadas no meu pescoço. Aquele fim de semana só estava começando.
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