Estava dormindo tranquilo quando percebi que já era dia, e senti uma mão apalpando minha bunda. Acariciava levemente, indo e vindo, já sem cueca. Quando acordei, que me virei para ver se era o Guto, dei de cara com o Seu Augusto sentado na beira da cama. Levei um susto, e ele limitou-se a sorrir.
— Bom Dia, Pedrinho... — sussurrou para mim.
— Bom Dia, Seu Augusto... O que o senhor está fazendo aqui?
— Aproveitei que o Guto tá dormindo, e vim aqui para saber se você chupa uma rola tão bem quanto o Pavel diz — respondeu-me categoricamente.
— Ow... Peraí! O senhor conhece o Pavel? Isto é, o Pavel do Hotel? Polaco, alto, magrelo... Como isso é possível?
— O Pavel e eu somos amigos há muito, muito tempo... Companheiros de guerra... E sim, eu o conheço muito bem, inclusive. O Pavel já foi um homem muito mais bem sucedido do que eu no mundo dos negócios... Daí um belo dia, decidiu largar tudo, começar um negocio calmo, e pacato, e com retorno. É curioso, né rapaz? Mais de onze milhões de pessoas, e nós temos um amigo em comum que nem imaginávamos.
— Como eu entro nesta história?
— Já que o Pavel é um grande amigo meu, e grandes amigos não tem segredos, há algum tempo que ele tem me contado historinhas sobre um tal rapaz lindinho com uma boca santa que chupa rola como ninguém, daí juntando um mais um tive a certeza que era você. isso tudo acendeu-me uma curiosidade sem tamanho... Já que você sempre esteve aqui em casa, e até a Renata nos contar, eu jamais duvidaria de você... — E fez um meio sorriso. Seu Augusto não era magrelo como o Gerente/Dono do hotelzinho, era bem mais forte, uma mistura de atlético e flácido, pela idade e descuido. Estava ficando careca, e tinha umas entradas bem grandes nas laterais, o que a meu ver, o deixava charmoso. O interessante é que ele estava com uma mão me alisando e a outra na malona estufada na bermuda — Então, garoto... Vem?
Levantei-me e fiquei ajoelhado em frente a cama, enquanto Seu Augusto estava sentado. Quando ele tirou a pica para fora, meu coração parou. Eu não estava preparado para um caralho enorme daqueles. O do Pavel era fichinha perto deste. Simplesmente não cabia nem a metade na minha boca. Esse ia dar trabalho. Ameacei titubear, só que Seu Augusto foi segurando minha cabeça, sem força, mas direcionando minha boca pra cabeçona monstra daquela picona.
— Força, Pedro... Como já dizia o ditado... — encorajei-me.
— Ajoelho, tente chupar — completou o picudo.
Cai de boca, e o homem foi ao delírio. Mamava a cabeçona, sugava, passava a língua enquanto ele fodia a minha boca. Subia e descia lambendo aquele mastro imenso, e o homem só gemendo. Segurou minha cabeça e fez pressão para baixo. Quando percebeu que não tinha nem chegado à metade, e eu já tinha engasgado, desistiu dessa ideia insana de colocar São Paulo inteira dentro de Curitiba. Aumentei a velocidade e a intensidade das chupadas só pra ouvir o homem delirar, e ‘tava funcionando. O ritmo era tão frenético que ele não aguentou muito tempo, e começou a jorrar porra. Gozou uma quantidade substancial, porque voou na minha boca, na minha cara, no peito, me deu um banho. Arfando, deitou-se na cama, exausto.
— Oh... Oh, Meu Deus... Oh, Meu Deus... Aquele filho da puta do Pavel ‘tava certo. Boca Santa essa... Você é bom de boca, rapaz... — o homem parecia que ia morrer, de tão ofegante. Levantei-me com um sorriso no cara, satisfeito pelo resultado. Um elogio desses infla o ego que qualquer um. Fui ao banheiro, do quarto mesmo, tomei entrei no chuveiro. Seu Augusto veio logo em seguida para urinar, e falou — Uau, meu filho. Gostei bastante da tua performance. Outra hora eu quero experimentar esse cuzinho, que o Pavel também foi só elogios — e saiu rindo. Confesso que receber aquela pica das galáxias (obrigado, cariocas!) na minha bunda era um pouco assustador e excitante.
Fui à copa no andar inferior, e encontrei uma garrafa de café com algumas torradas na mesa. Tinha também um jogo americano bonito, coisa de Dona Lucélia, a mãe da Renata. Sentei-me em um dos lugares vagos, peguei um pouco de café e comi umas torradinhas. Guto, o filho tesudo acordou com uma ressaca braba, deu um bom dia xoxo, foi à geladeira na cozinha para beber uma água gelada, e voltou sentando no extremo oposto da mesa, onde estava uma dessas tigelas com granola e mel. Adicionou leite e comeu sem falar uma palavra.
— Ei, Guto... ‘Tá tudo bem? — e respondeu-me que sim. Insisti perguntando o que tinha acontecido. Limitou-se a dizer um “nada” quase inaudível — Qual o teu problema comigo afinal?
— Ei cara — e encarou-me sério e injuriado — Eu só não estou a fim de falar contigo, ok? Já me basta ontem, ter falado demais, e falado o que não devia. Você prometeu que ficaria de bico fechado, então faça-me o favor de cumprir tua promessa, estamos entendidos? Ou preciso desenhar?
— Okay... Desculpe-me... Não era minha intenção te aborrecer logo cedo...
— Meninos — surgiu Seu Augusto em um belíssimo fraque meio azul meio cinza — Estou indo pegar a Lucélia e depois a noiva. Tchau, tchau — e saiu — E não demorem!
Terminei o meu café, e Guto pediu-me desculpas pela grosseria. Respondi que não havia problema e que podia contar comigo sempre. Subi para o quarto e fui me arrumar. O casamento estava marcado para as onze e meia da manhã, e já eram oito e meia. Íamos pegar uma estrada de umas duas horas, então tínhamos que correr. Coloquei meu terno alugado azul claro, para combinar com todos os padrinhos e familiares próximos dos noivos. Os pais dos noivos iam de fraque quase cinza, e até onde eu sabia, o noivo estava de cinza claro. Guto pediu uma ajuda para dar o nó na gravata, o que me colocou bem perto dele novamente. Sentir o seu cheiro, e aqui eu digo cheiro mesmo, não de perfume, era inebriante e eu já ‘tava ficando excitado. Ele percebeu, e soltou uma piada. Não podíamos nos atrasar mais, e fiquei com a promessa de que ele iria pra Curitiba me visitar, e levaria o Renato para gente trocar uma ideia à três, já que a Renata e o Luciano fizeram o favor de contar ao irmão como foi o nosso ménage.
Prontos e bem vestidos, seguimos de carro até a casa do Renato, que ficava um pouco longe, na Zona Norte de Sampa. A noiva do Guto iria com os pais. Só o Renato e eu iriamos sem família. Tomamos a estrada para a Rodovia Fernão Dias, para chegarmos à Atibaia e então seguir até a chácara da família do noivo. Eu já conhecia o lugar devido a uma das festas de confraternizações da empresa do pai do Luciano ter sido lá. Era um lugar bonito, amplo, tinha certeza que estaria bem decorado.
Dito e feito. Eu só não imaginava que fosse estar cheio de gente. Deixamos o carro no estacionamento improvisado e seguimos para a parte de trás, onde estavam todas as mesas. Uma decoração muito requintada, com buques naturais, e varias faixas em tons pastéis. “Coisa de Dona Lucélia”, como diria qualquer um da família. Cumprimentamos Gioconda, e seus adoráveis pais, os italianos, e me distanciei para cumprimentar alguns parentes da noiva que conhecia.
Os garçons, rapazes novinhos, uns até interessantes estavam vestindo um terno na cor champagne e já estavam servindo espumante, e nas duas opções como Guto tinha dito. Eu me deliciava com uma taça quando ouço uma voz histérica, louca da cabeça atrás de mim:
— Biiiiiiiiichaaaaaa!!!
— Juuuuuulia! Que te aconteceu, mulher?! Comeu melancia inteira de novo??? — tive que revidar. Quem estava atrás de mim era uma das amigas do colegial. A mais espalhafatosa de todas. Julia estava na quarta gestação: Tinha um moleque de oito, e duas meninas de cinco e três. Ela era uma dessas morenas mestiças muito simpáticas. Extravagante muitas vezes. Casou com quem a gente sabia que iria: Bill, um colega de escola também, que estava logo atrás segurando a mão da pequena do meio e com a menor no colo. Ele deu um sorriso amarelo, sabia que a esposa estava mais uma vez chamando a atenção do universo. E gritando aos quatro ventos que eu era bicha. Esse era o grande defeito dela: preconceituosa. Deu-me um abraço forte, e trocamos algumas fofocas rápidas.
Logo em seguida, Helena chegou com a esposa Veronika, a eslovena. Helena foi a segunda pessoa que soube que eu sou gay. Tínhamos dezesseis anos, e ela já se correspondia com Veronika, que não era exatamente eslovena, mas tinha ido pra lá pra estudar. Com elas, as coisas foram mais calmas. Elas não eram de alardes. Estavam lindas em vestidinhos parecidos. Helena me contou que finalmente conseguiram engravidar, ambas estavam no segundo mês de gestação. Comemoramos aquele fato. Julia por anos tinha monopolizado o status de grávida no grupo. Para completar, do grupinho da escola, chegou a Roberta com seu marido, Alex. Roberta era a típica patricinha loirinha que curte uma jeba afro e, diga-se de passagem, pelas fotos que ela mostrou do Alex, o negão era picudo. Eu não sou nem louco de falar que o pai da Renata era mais, mas... Fiquei na vontade.
Afastei-me das meninas, que iriam ficar uma mesa especialmente para elas, e fui cumprimentar Seu Álvaro, que já estava de olho, só esperando eu desocupar-me. Abraçou-me forte, como um pai abraça um filho, e expressou sentir minha falta. Retruquei que a empresa dele estava nas mãos dos mais competentes quando eu saí, e ele revidou dizendo que estavam saindo todos, um por um. Não queria entrar em conflito naquela hora, mas ele deveria saber muito bem que todos saíram daquela empresa porque ninguém suportava o gerente financeiro. A mulher de Seu Álvaro sorriu e acenou com a cabeça levemente, para não perder a elegância. Quem me surpreendeu estar na festa eram os irmãos de Luciano: Janine veio da Europa para o casório com o marido alemão, e Henrique, o irmão mais velho, por quem Luciano nutria um ódio mutuo. Henrique era uma versão do Seu Álvaro mais jovem. Fui seu assistente quando entrei na empresa da família. Depois que fui promovido em outro departamento, Henrique começou a dar investidas em mim, até que saímos umas três vezes. O grande segredinho que ele curtia ser passivo foi guardado a sete chaves. Ninguém sabia. Nem Renata, nem ninguém. Ele investido de pura simpatia, perguntou-me como estava, se estava gostando da minha vida em Curitiba, e eu me lembrava dele.
— Quer dar uma volta? — perguntou-me descaradamente. A resposta veio à galope, todos ali desconfiariam do sumiço, e eu tinha certeza que ele não queria ser chamado de viado. Com Henrique eu queria mais nada. Parte do motivo d’eu me mudar foi ele nunca dar valor aos nossos encontros.
O noivo estava à postos no altar, o padre estava pronto pra realizar a cerimônia. Gioconda, a madrinha da noiva, veio ao meu lado e ficamos do lado de Dona Lucélia, que estava exuberante. Como aquela mulher mantinha sua altivez, mesmo tendo menos de um metro e meio. Do outro lado, um casal de amigos do Luciano estava ao lado dos pais do noivo. Todos os convidados sentados às mesas, e no fim do tapete vermelho estavam Seu Augusto e a bela noiva. Renata estava sorridente, linda de vestido branco com renda francesa. Vieram caminhando enquanto a mini orquestra do lado esquerdo do padre tocava a marcha nupcial. Uma cerimônia singela. Eu vou pular aquela parte chata onde o padreco faz todo o sermão para finalmente os noivos fazerem os votos, e com sorte dos dois não quererem fugir ou não terem a infidelidade descoberta por um amante insano aparecer para estragar tudo (o que não foi este caso), e vamos para a festança.
Casamento de gente metida (aqui me refiro aos pais dos noivos do que exatamente os noivos) não é uma ocasião para se encher a pança. Para o meu desespero, já que eu como “porções fartas”, como eu brinco. O banquete teve o serviço à inglesa, todos escolheram os nossos pratos antes de vir pra festa, e os garçons (lindinhos que só) serviam os pratos prontos. O meu tinha um canapé de alcachofra e camarão e um mini quiche de funghi secchi no coquetel, em seguida um folheado de queijo brie na entrada. Depois do prato principal, podemos ficar um pouco mais à vontade. Os recém-casados estavam muito ocupados tirando um milhão de fotos para o álbum, fui obrigado a ficar para tirar algumas, na qualidade de padrinho da noiva. Decidi dar uma volta.
Estava saindo pelo estacionamento, precisava sair um pouco daquela muvuca, quando ouvi um assobio. Virei para procurar de onde tinha vindo, e encontrei Seu Augusto parado na porta do casarão em frente. Ele sorriu maliciosamente, e pediu para que eu o acompanhasse. Perguntei por que ele não estava na sessão de fotos, e a resposta foi que ele não se interessava muito. Tinha o resto da tarde para tirá-las. Em sequencia questionei se ele era doido, e ele disse que estava doido. Doido pra me arrombar. Aquele picudo devia estar louco mesmo. Queria foder-me ali, no casamento da filha. Nem esperou eu me recuperar da mamada da manhã.
Subimos as escadas rápida e silenciosamente. Entramos no primeiro quarto com chave que encontramos. Por sorte, não tinha a janela voltada para a festa. O homem estava no modo instinto selvagem, porque foi logo desafivelando meu cinto, e baixando minhas calças. Empurrou para que eu me reclinasse, ajoelhou-se e pôs-se a realizar um cunete alucinante. Lambia, chupava e mordia minha bunda e meu cú com voracidade. Tampei minha boca para não gemer alto. Ele estava disposto a por tudo pra dentro. Quando sentiu que estava lubrificado o bastante, se levantou com o mastro duríssimo, apontou na entra e socou. Aquilo doeu muito, e nada entrou. Pedi para ter calma, e ele pareceu não ter ouvido. Vasculhou as gavetas do quarto e nada encontrou. Foi até o banheiro e voltou com um pouco de sabonete liquido que estava esfregando na jeba. Voltou para trás de mim, e colocou o caralho na porta outra vez. Agora ele estava entrando. Aquilo foi invadindo, me arregaçando. O cara não descansou enquanto não tinha quase tudo pra dentro. Avisei que aquele era o limite, e que ‘tava doendo. Ele ficou parado um tempo. Por mais que eu achasse impossível me acostumar com aquela torona socada no meu rabo, até que a dor estava sumindo. Dei o sinal para ele meter, e com aquilo eu vi estrelas. Seu Augusto apertou minha cintura e começou a foder meu cu forte. Dava estocadas profundas, que eu cheguei a achar que não ia suportar. Mas aquele vai e vem tinha seus momentos de prazer. Muitos momentos eu diria. De tanto socar, ele anunciou que ia gozar. E gozou profundo. Quando ele tirou a picona de dentro, senti um alivio que simplesmente fez com que eu gozasse. Estava em êxtase.
Seu Augusto foi ao banheiro, se recompôs e saiu do quarto, dando-me o tempo que eu precisava para recompor-me. Aquela tinha sido a foda mais monstra que eu tinha tido até então. Desci um tempo depois, e pude ver que todos estavam felizes, comemorando. Seu Augusto já tinha voltado para a família, e posava como um marido exemplar. Senti dó da Dona Lucélia que deve ter passado apuros com aquela picona. E deve ter gozado litros também.
Tomei mais algumas taças de champagne, conversei com as meninas, e tirei mais algumas fotos com a noiva. Tudo corria muito bem. Na hora de jogar o buquê, aquela aglomeração de encalhadas se formou, e eu fui para bem longe. Renata jogou... E adivinhem? É logico que eu não peguei. Nem que eu quisesse, ele viria para minha mão. Pelo menos fiquei feliz que a Gioconda tinha pegado. Estava torcendo para ela se acertar com a Chiara. Ou ela se casar com o Guto, e o Renato com a Chiara e eles se envolverem numa suruba sem fim.
Era por volta das quatro da tarde quando me despedi dos noivos e da família dos noivos. Ia aproveitar a carona de um casal de primos do noivo para voltar para Sampa. Queria voltar pro hotel logo, pra dormir cedo. Meu voo sairia cedo. E foi assim que acabou o casamento da minha melhor amiga. Foi uma diversão singular. Foram experiências de tirar o fôlego. Trouxe para o Seu Pavel uns três bem-casados e “as lembranças” do Seu Augusto. Fui pra cama, exausto.
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